Em uma Assembleia marcada pela tensão e por uma primeira divisão consideravel entre os professores, a maioria (talvez 65%) dos presentes optou por manter a greve.
O desafio que se faz agora é o de não desmobilzar nem dividir em opostos a base. Caro professor, cara professora, independente da posição que tenha tomado quanto à suspensão ou manutenção da greve, mantenha vivo o sentimento de categoria. Tenha orgulho das posturas de luta que tomamos e do exemplo de cidadania ativa que tem sido dado neste movimento, por todos os que se envolveram nele. Somos todos(as) parte da mesma categoria e precisamos focar nossas energias na superação de obstaculos e "inimigos" comuns: más intensões do Governo, peleguismo sindical, politicagem minando o movimento, acomodação daqueles que nem mesmo tentaram participar, pessimismo/fatalismo. Não podemos deixar crescer o ódio "autodestruidor" dentro de nossa categoria, sob pena de desconstruirmos todo o rico patrimônio moral e a articulação que construímos no belíssimo processo dessa greve. Quer você permaneça na greve ou volte para a sala, leve consigo o sentimento de responsabilidade para com a categoria, o desejo de construir uma educação melhor, com mais respeito e dignidade para os profissionais, estudantes e demais membros da comunidade.
Não podemos cair na armadilha da divisão raivosa e sectária que nos leva ao "fratricídio". Independentemente de sua posição, se você participou (ou participa) da greve, mantendo a paralisação ou voltando para a sala em "estado de greve" de forma ativa e construtiva, se recusando a ser passivo e alienado, receba o respeito e reconhecimento que merece. O ideal é que todos estejam unidos em uma só posição, mas não vivemos em um mundo ideal e nossas atitudes são mediadas pela realidade, por nossa interpretação dela e por nossos valores e intenções. Assim, sem extremismos, devemos cultivar o sentimento de unidade e notar que temos de nos preparar para caminhar, sempre que preciso e possível, juntos.
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